O valor do tempo
Tal como no amor, também esta experiência se foi construindo ao longo de fases mais ou menos apaixonadas, de momentos mais penosos, de investimentos, de alegrias e conquistas, de desilusões e frustrações, tendo todo este cortejo de emoções culminado numa experiência mais que positiva, onde o optimismo, a perseverança e a motivação conseguiram prevalecer, transformando-me e impulsionando-me para novos sonhos…
Foram estas linhas que puseram fim ao meu relatório de estágio... Oitenta páginas que se transformaram numa tarefa penosa por se terem prolongado tanto no tempo. Que me limitaram o verão e me puseram a par com um relógio contra o prazo final, prendendo-me ao computador, lembrando-me que me podia divertir mas que ele continuava ali... A entrega foi ontem e, mais do que alívio, senti-me zangada comigo própria por mais uma vez não ter conseguido inverter a mania de deixar tudo para a última e funcionar apenas sobre pressão. O desgaste podia ter sido bem menor, mas há coisas que parece que não mudam, por maior que seja a intenção...
E o tempo, que durante todo este percurso me manteve presa pelas suas correntes irreais, hoje alterou-se, abriu-se, dando-me liberdade - de o abrandar, de decidir o que vou fazer com ele, de me dedicar aos pequenos nadas. De poder fazer tudo ou não fazer nada, de passar a manhã na cama, de ler os livros que estão fechados desde as férias, de ir ao cinema, de sair, de estar com quero...
O tempo, que eu não possuía, subitamente volta a mim, ajudando-me a sentir-me mais próxima daquilo que realmente sou. Porque o tenho. Porque o posso parar, gozar, sonhar, pensar no que quero.
Hoje tenho curiosidade em saber o que me espera!
1 comentário:
Fiquei tão contente por ser uma d priveligiadas a poder le-lo,
foi d fio a pavio tão interessante era o conteúdo e a forma como te conseguiste expressar.
Dsd o 1º momento n me enganou, era merecedor d uma gd nota!!!
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